IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
as brumas na cidade
por entre as brumas da manhã,
em cada raiar do dia,
um olhar ao horizonte,
uma ponte no pensamento...
e são tantas as pontes,
as partidas e chegadas,
sorrisos, lágrimas, que importa,
são resquícios de saudade na madrugada.
abrem-se os braços
em longos abraços,
como pontes abraçando as margens,
fortes, eternos, como laços sem nós...
perco-me nas brumas da manhã,
entre o raiar do dia
e as pontes no pensamento...
talvez o horizonte seja ali... ali, no fim do tempo.
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outras pontes...
quanta sede em meus lábios,
nestes olhos queimados e tristes,
pelos teus, que na manhã seduzistes
e entre nós se fez ponte.
num corpo parado olhando o horizonte,
qual navio naufragado aguardando abate,
já não choram os olhos (é bom o disfarce),
mas morreram as palavras, os risos, ficou a dor...
enrolando na areia, vem o mar no seu esplendor,
e o que ontem foram dunas, espaços dos amantes,
tudo se perdeu, restam as memórias já sem graça.
fica a sede em meus lábios, no pensamento que passa,
até que chegue o dia, em que tudo era como dantes,
sem resquícios de sede, sem pontes entre nós...