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as brumas na cidade

Quinta-feira, 12.03.15

 

por entre as brumas da manhã,

em cada raiar do dia,

um olhar ao horizonte,

uma ponte no pensamento...

 

e são tantas as pontes,

as partidas e chegadas,

sorrisos, lágrimas, que importa,

são resquícios de saudade na madrugada.

 

abrem-se os braços 

em longos abraços, 

como pontes abraçando as margens,

fortes, eternos, como laços sem nós...

 

perco-me nas brumas da manhã,

entre o raiar do dia

e as pontes no pensamento...

talvez o horizonte seja ali... ali, no fim do tempo.

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:12

outras pontes...

Sábado, 03.05.14

 

 

 

quanta sede em meus lábios,

nestes olhos queimados e tristes,

pelos teus, que na manhã seduzistes

e entre nós se fez ponte.

 

num corpo parado olhando o horizonte,

qual navio naufragado aguardando abate,

já não choram os olhos (é bom o disfarce),

mas morreram as palavras, os risos, ficou a dor...

 

enrolando na areia, vem o mar no seu esplendor,

e o que ontem foram dunas, espaços dos amantes,

tudo se perdeu, restam as memórias já sem graça.

 

fica a sede em meus lábios, no pensamento que passa,

até que chegue o dia, em que tudo era como dantes,

sem resquícios de sede, sem pontes entre nós...

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 17:22