IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
Domingo de Ramos
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Já não tenho na memória, o último Domingo de Ramos em que assisti a uma missa, e em que levei um ramo de oliveira e alecrim para ser benzido.
Lembro que quando era miúdo, minha mãe tinha sempre ramos benzidos lá na casa da aldeia. E lembro também que quando trovejava forte, dizia uma ladainha (de que já não me lembro) e segurava o ramo benzido. Como era tão diferente esse tempo, e até os trovões hoje em dia mesmo nos invernos mais rigorosos mal se ouvem...
Tudo o que são costumes, crendices, sinto que se estão a perder no meu dia a dia, na minha memória, sinto que cada vez estou mais "desenraizado".
E não acho que seja por viver próximo de uma grande cidade, nada disso...Apenas me deixei levar pelo desmazelo, aproveitar cada hora da manhã de Domingo para ficar um pouco mais na cama...Contrariamente aos ensinamentos e usos e costumes de meus pais, tudo o que pratiquei, por vezes com muito afinco, tudo se está a perder...
Domingo, também como já é costume, minha afilhada virá até minha casa oferecer uma planta. É um acto que gosto, aprecio mesmo, mas que nunca incuti em minha casa. Mas não deixa de ser um gesto bonito.
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DOMINGO DE RAMOS
Lembro-me o quanto era importante este dia, o seu significado, todo o ambiente que o rodeava.
Como era bonito arranjar os ramos de oliveira, os raminhos de alecrim...
Domingo logo pela manhã, era o caminho rotineiro para a igreja, só que desta vez também para a benção dos ramos. E, ao vir para casa, o cuidado com o ramo, qual presente que não se pode estragar.
Lembro-me de no passado (à tantos, tantos anos), em noites de inverno que já não se vêm mais, noites de forte trovoada, e minha mãe a pegar no ramo como que a pedir protecção divina.
Tudo parece mudar, e nem os assuntos mais divinos que parecíam ser eternos, fogem a essa mudança.
Domingo que vem, quero crer que virá cá o compasso. Esse ainda é o sinal (cada vez mais frouxo) que me faz lembrar a existência da Páscoa.
Já lá vão muitos anos, mas como tudo era bonito e importante nesta data. Sem querermos (ou talvez por queremos, sei lá), desligamo-nos de tudo o que são as nossas raízes, as nossas convicções .