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descendo a calçada....

Sexta-feira, 19.07.13

 

 

 

felizes, descem a calçada,

rua de pedra mal amanhada,

os namorados da minha rua...

 

fito-os pela janela do tempo...

 

ela parece dizer-lhe que sim

por entre o olhar difícil de entender,

ele, sem jeito, olhar meigo e tenso,

deixa-se levar pelas pedras da calçada,

como se ao fim, houvera um jardim,

um jardim de promessas, ribeiro manso,

outros namorados em festim...




 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:56

gestos....

Terça-feira, 16.07.13

 

 

 

patéticos os gestos dos amantes,

que, irreflectidos,

se lambuzam para quem passa...

abanam a cabeça os mais crescidos,

invejam os restantes,

eu... eu fico feliz, se ela me abraça...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:43

Momentos de Incerteza...

Sábado, 15.09.12

 

 

há muito ruído no ruído da cidade,

onde todos gritam, cada um sua verdade,

onde todos têm razão...

 

delicadamente pego tua mão

e seguimos as avenidas da liberdade,

e também gritamos, também corremos,

como se o mundo coubesse em nossa mão...

 

são slogans de revolução,

slogans de ocasião, euforia em ebulição...

e segurando em tua mão,

correndo mesmo na contra mão,

seguimos sempre em frente,

onde à esperança, onde à gente,

que tem fé, acreditam no amanhã,

num mundo melhor, num pais diferente...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:37

A Rua Onde Eu Moro

Segunda-feira, 09.03.09

 

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A rua onde moro, é uma rua qualquer,

onde passam carros e tem gente a viver...

A rua onde moro não tem festa,

não tem marchas populares,

não tem coreto para uma banda tocar,

não tem rio para as lavadeiras desafiar,

não tem vida com o povo a cantar...

Na rua onde moro, não sei quem vive ou está a morrer...

A rua onde moro, é uma rua qualquer...

 

Que saudades da casa na aldeia,

onde da varanda, os acordes da banda ouvia,

e eu me imaginava ali, tocando também,

afinado com os músicos, passos em sintonia,

olhando para as pessoas em contida alegria...

E eu me sentia gente tocando para a plateia.

Que saudades da casa na aldeia...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 18:36