IN OUT YOU

são horas mortas, sem sentido,

as que antecedem um grande momento...

não adianta fazer de conta,

as cores, os rituais, até o tempo,

são indelevelmente marcantes,

e para tantos, fascinantes,

como se uma noite, fosse uma vida...

ingrato, filho desnaturado,

quem do seu berço, casulo solitário,

não se junta com os cheiros, sabores,

risos e correrias na madrugada...

talvez se o fizesse,

se da noite fizesse sua amada,

seus olhos sorrissem, e de novo renascesse...

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Mas é este o nosso dia-a-dia... Falamos de tudo, do que sabemos (quantas vezes mal) e do que não sabemos...Parece que somos uns papagaios, que ouvem e só sabem repetir...

Será que não somos capazes de ter ideias, de explaná-las, de defendê-las?

Será que não somos suficientemente inteligentes, para aceitarmos o que é bom e rejeitar o que não interessa, o que não traz mais valia??

Ouço os políticos e eles falam, falam, e espremendo tudo, pouco ou nada sai...Mas acima de tudo, o que eles dizem é demagogia, é conversa bem falante, é vazio...

Comparo alguns quadros superiores lá na empresa a alguns político... Bem falantes, altivos, com pose...parecem galos no seu poleiro...Mas quando menos se espera, e ao menor sopro de brisa , o abanão, o estremecer de lugares dados como adquiridos, a conspiração ainda que pela calada...Já não adianta pedir a bênção do padrinho, "a foice da limpeza" anda por aí, e sabe exactamente onde "cortar cabeças".

Este ano, apesar de difícil, de crise como lhe chamam, tem sido um ano de extrema produção, com inúmeras horas extras para satisfazer encomendas...Mas propaga-se à boca cheia que é preciso reduzir custos, que a situação está difícil, ...Sinceramente, acredito que a vida esteja difícil para quem não tem emprego, para quem sofre na pele uma doença, mas aqueles que conseguiram segurar o emprego e não têm como gestores empresários oportunistas, para estes a vida corre bem...

A noite estava muito agradável, e o povo penso que apareceu em massa, tal a multidão que se via pelas ruas.

Imprescindível neste dia é o martelinho na mão (que eu nunca levo), mas que muita gente faz questão de usar e na parte que me toca, sentia-me feliz quando era "agredido".

Principalmente na malta mais jovem, a alegria em rusgas, os assobios, o barulho "infernal" dos  martelinhos ,

o alho porro, 

e claro,  no ar a mistura de cheiros da sardinha, entrecosto, frango assado...

Pelas 24h, o já habitual fogo de artificio no rio Douro e na ponte D. Luís .Abaixo, algumas fotos de telemóvel (que por isso não são muito famosas), mas que dá para terem uma ideia do colorido e da festa.

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Hoje a noite é de alegria

hoje vou por aí vaguear

ruas, recantos, vou visitar

o cheirinho já anda no ar

todo o ambiente é de magia

E até o tempo sorri para nós

(S.João ri de contente)

as ruas vão se encher de gente

não há dor que não se aguente

só ficam em casa os tristes sós

S.João, S.João, S.João

esta noite é só tua,

vem dançar, vem para a rua

(se quiseres traz a Lua)

eu levo o martelinho e um balão