IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
outros jogos...
a cada manhã, chamavam pelo dia,
afastando a noite, as trevas,
chamavam pelos bichos do monte,
pela liberdade das aves.
na fantasia do momento,
esqueciam-se do lugar, do tempo,
do sol que os cobria em tons dourados
como se predestinados, abençoados...
tão loucos, tão sem memória...
perdidos nos jogos de sedução,
não viram chegar a lua, a noite,
e se perderam algures, na escuridão...
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nos braços da manhã...
deito-me com os sonhos,
acordo nos braços da manhã...
os raios do sol afagam meu rosto
e sinto seu hálito num terno beijo...
faz tempo, tanto tempo
que não sinto o calor de um beijo,
a maciez, a frescura de um lábio
percorrendo, tacteando
um corpo sedento...
faz tempo... tanto tempo...
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momentos...
e tudo é tão frágil, inconsequente...
que perdure o momento,
que seja alegre o tempo
como se um raio de sol
pela vidraça entrasse...
não somos donos de nada
e ao mesmo tempo, donos de tudo,
nos sonhos da madrugada...
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nasceu o sol, meu amor...
nasceu o sol, meu amor,
e como é lindo o amanhecer,
como se o dia , em forma de flor,
perfumasse o nosso querer
qual bouquet em nosso regaço...
extasiados, solta-se teu abraço
num aperto que prende a alma,
e dá razão aos sentidos...
soltam-se de paixão os beijos
em espaços para tantos proibidos.
que importa a gente que passa...
nasceu o sol, meu amor,
cantam as aves em redor,
solta-se a música com tanta graça
que nós até esquecemos de fazer amor...
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tanto mar...
lá fora já clareou o dia,
e hoje, até brilha o sol...
ouvem-se vozes de alegria
das pessoas que na rua
fazem compras, ou cochicham
da miúda que passa...
dizem que vai nua...
indiferentes, os pássaros no ar,
as rolas, as pegas, passarada em geral,
e é tanto o chilrear
que nem me lembro onde moro,
e este meu canto é à beira mar...
elevo meus olhos ao céu,
ao azul, antes do cinzento que há-de vir,
e esquecendo-me de mim, começo a sorrir,
tanto mar pela frente...um mundo que é só meu...
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primavera...
a primavera trazia a luz da manhã,
o sol das plantas que imploravam para nascer...
mas trazia também o choro das manhãs de inverno...
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escrita com cor...
faz-se tarde, e escura é a noite.
o céu, de cinzento se vestiu
e mesmo o sol que na tarde sorriu,
de envergonhado se foi...
que importa se não há estrelas no céu,
se a lua amuada, não apareceu?
desfolho meu diário da vida,
e cada linha, cada palavra,
tem uma história consentida,
como só os amantes sabem escrever...
este livro, este diário do querer,
é a prova mais querida,
de que o amor tudo pode vencer...
faz-se tarde, e escura é a noite...
mas de tanto desfolhar, tanto ler,
fecho meus olhos até o amanhecer...
um dia, na manhã, o sol irá sorrir...
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Sol de Outono...
têm inveja de mim
as folhas caídas no jardim...
por entre as árvores despidas,
beija-me este sol de Outono,
carícia já no tempo esquecida.
pudera eu ser ar, sopro de vida,
pudera eu viajar no tempo...
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BOM DIA...
levas-me vento, empurras-me,
mas saberás onde eu quero ir?
E levas-me deste sol que me afaga,
desta luz divina e transparente?
não, não entenderias este sentir,
e tão perto está, quem nunca está ausente...
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Sol de Outono...
se me procuras na tarde de sol,
por entre o sossego e as cores de outono,
leva-me contigo, antes do escuro da noite,
antes do brilho das manhãs de primavera,
e que esta nostalgia, este fim de ciclo,
seja um novo despertar para a vida,
enquanto houver dias, e noites, e sonhos...