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para além de nós...

Domingo, 23.07.17

 

abraço.jpg

 

quando voltará o tempo

em que o tempo voava,

fugia por entre os dedos,

enquanto o nosso tempo

(sim, cada um tem seu tempo)

entre palavras se esfumava,

e num beijo se erguia contra os medos...?

 

abro mão de tudo (e tudo era tão pouco),

se o tempo voltar atrás,

ainda que o olhar do mundo me chame louco,

irresponsável, sem palavra, ou de palavras vás...

 

abro mão de tudo (e tudo era quase nada),

se no silêncio da noite conseguir tocar teu nome,

soletrar cada letra, inventar-te na madrugada,

respirar-te, e nos braços do tempo, adormecer lado a lado...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:24

o tempo e o momento

Terça-feira, 25.04.17

tempo e momento.png

 

o tempo é como a chuva que cai,

pequenas gotas que molham

e que alteram nossa forma de estar...

 

o tempo é como o amor passageiro,

paixão que atinge o auge

e vai definhando a cada momento...

 

o tempo... o tempo...

são todos os segundos

que te trago no pensamento...

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 11:45

o tempo...

Sábado, 25.03.17

tempo.png

 

o tempo não parou amor...

os teus olhos vêm-me com o olhar de ontem

e tu sabes que mentem...

toca minha pele com a leveza de tua pele,

cada ruga, cada sulco do tempo...

o tempo não parou amor,

são as marcas de dor

que nas noites ao relento

teimaram em ficar,

quando minha voz ficava rouca

de tanto te chamar...

dizes que são mágoas,

talvez labirintos, águas

que algures vão desaguar...

 

que nasça o dia,

que a primavera seja florida,

e teu sorriso, apenas um beijo na ferida...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 17:08

leviandades do tempo...

Quinta-feira, 16.03.17

Folha-caindo-2a-835x340-660x330.jpg

 

como se fosse pássaro

leve, de asas ao vento,

como se fosse folha seca

desprendida da árvore sem tempo

como se fosse um rio,

partindo alegre à descoberta

da liberdade, o mar sem amarras,

como se fosse um ser humano

livre, de ideias, de pensamento,

assim sou eu, errante pelas ruas já gastas

mas embriagando-me no momento

tão único, tão fugaz, tão sedento...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:57

manhãs sem cor...

Sábado, 14.05.16

 

flor.jpg

tão silenciosa e triste a manhã,

o céu cinzento,

e as flores tombadas

pela inquietude do tempo...

jazem pelo chão, inertes,

agonizando, enquanto perdem a cor,

sem força, sem desejo maior

de esperar o sol,

o seu grande amor...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 12:15

memórias...

Terça-feira, 10.05.16

 

tempo.jpg

 já não falas da chuva nem do frio,

nem dos gritos da terra

ou dos lamentos do rio,

por cada tempo que passa...

e são tantos os tempos que já passaram,

que nem demos conta...

talvez a idade  com o tempo deixe de saber contar,

deixe de ter memória,

e assim, mais fácil de perdoar

quem a meio da história

se esqueça do início,

ou como teria sido o fim...

falta pouco para tirar mais uma pétala

de tantas com que a flor nasceu,

e serão mais tantas

quantas as vidas que o tempo te deu...

 

fica com as pétalas...

eu parto com o tempo...

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:17

(in)definições...

Domingo, 15.11.15

 

tão imperfeitas as palavras que escrevo,

no perfeito livro, no imperfeito sossego,

página por página, imperfeito alinhamento,

no perfeito tic tac do toque do tempo...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 17:59

falando ao tempo...

Quarta-feira, 11.02.15

ouves a chuva cair,

o choro das árvores sem nome?

talvez não ouças,

talvez nem saibas como sentir

o peso de uma gota,

de uma lágrima a fugir...

 

afasto as cortinas do lado cinzento,

da dor que cobre o tempo...

vá lá, não fiquem assim,

assim me visto,

assim no tempo resisto,

até que o tempo se lembre de mim...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:44

desassossego...

Domingo, 25.01.15

 

em desassossego,

seguem os ponteiros do relógio

numa contagem até o infinito,

apenas limitado pelo tempo de vida

ou pelo esquecimento no tempo...

 

ciclicamente, em desassossego

adormece a noite,

acorda o dia,

num compasso até o infinito,

apenas limitado pelo respirar da vida...

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:46

se eu soubesse pintar...

Sábado, 22.11.14

 

se eu soubesse pintar,

se o estado de alma permitisse,

se o céu não fosse inacessível

e se o querer fosse maior que o desejo,

bastaria um estalar de dedos,

no vento, um postal em forma de beijo,

mil cores alcançariam o meu olhar...

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publicado por Alexandrino Sousa às 16:34