IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
ondas de verão...
belas as manhãs de sol e mar,
de brisa, corpos morenos e ruídos,
ruídos de quem não tem o amanhã,
mas vive, devora cada momento,
como só as crianças, e as ondas no areal...
deixo-me embalar, e parto com os sonhos
na crista de cada onda,
até onde me leve o acordar...
como um barco que parte até se esconder no horizonte,
assim é meu desejo, vontade indelével
de não mais voltar...
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é tarde...
é tarde... tão tarde como a chuva que vai cair
num tempo que já não é o seu...
algures, esperando a sua vez,
a luz dos dias eternos, os aromas do verão,
os sorrisos, os passeios, mão na mão...
aguardo a chuva passar... sim, vai passar,
e assim que a brisa suave chegar,
mando-te um convite, um bilhete perfumado,
quem sabe mandarás resposta
num qualquer raio de sol, num breve afago...
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boa noite....
é noite, num setembro ainda de verão...
as noites quentes e ao mesmo tempo frias,
são como pedras no caminho dos sonhos
onde não existe paraíso nem imaginação,
apenas vales entre montanhas,
desfiladeiros vivos, ecos do coração...
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gota de água...
hoje queria ser a água que rega o jardim,
a limpidez, a frescura que brota
das profundezas da terra...
de contentes, parece que as flores agradecem,
e sorriem,
como se numa gota de água,
existisse o elixir da primavera...
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já não há aves no céu...
faz tanto tempo que não vejo aves no céu...
lembro dos bandos de andorinhas
que esvoaçavam e brincavam por cima dos quintais.
lembro dos ninhos que faziam nos beirais,
e dos sonhos que nasciam no meu imaginário.
como se a chegada das andorinhas,
fosse a boa nova há tanto tempo esperada,
onde os dias teriam sabor a mar, e a madrugada
o inicio das longas manhãs que seriam de sol...
chamo por ti primavera dos sentidos,
pelo renascer da vida, pela cor da vida,
pelo gotejar da água em cada ribeira perdida,
pelos bandos de aves esvoaçando no ar.
e se eu pudesse, se tivesse asas de condor,
se nelas trouxesse um jardim em composição,
eu daria, eu ofereceria a teu coração,
e as gotas de chuva seriam melodias de amor...
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Chuva de Verão...
Sente-se no ar o perfume da natureza,
esta mistura de odores,
que o tempo húmido e quente faz sobressair...
No pensamento, outros perfumes, outros odores,
que os sonhos teimam perseguir,
em busca de uma paz interior...
fecho os olhos, e deixo-me levar
pelos odores de uma manhã de chuva e calor...
E o poder do pensamento me leva bem longe,
como se esta chuva, numa manhã de verão,
fosse o inicio do inverno que há-de vir,
manhãs frias, chuvosas, mas quente o coração,
o corpo e a alma, num tempo que há-de surgir...
Sente-se no ar o perfume da natureza,
esta mistura de odores,
que o tempo húmido e quente faz sobressair...
no pensamento, outros perfumes, outros odores,
que os sonhos teimam perseguir...
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Quase Noite....
fim de tarde de verão,
onde o silêncio reina,
e este calor que me sufoca,
e esta ansiedade,
este nunca mais ser amanhã...
e esta necessidade de olhar em frente,
sem muros, sem tabus,
sem regras, sem segredos,
onde a vida tem vida,
sorrisos, olhares puros...
olho o céu, as estrelas,
mando recados para o firmamento,
pedidos, chamamento,
e sei que não sou ouvido...
lá fora, o calor é um tormento...
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Ondas de Verão....
Soltam-se os corpos,
esquecem-se as dores,
nascem novos amores,
no tempo que faz...
E como queima o sol,
mas alivia a alma,
se na tarde calma
o corpo se delicia no mar...
Mas se teu destino é ficar
nas ondas que tua vida criou,
navega, o tempo não parou,
melhores ventos irão soprar...
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Solte-se o beijo...
solta-se um abraço,
um beijo,
solta-se o sorriso,
e, passo a passo,
num ápice,
...o desejo...
É o paraíso,
são as estrelas,
o luar de verão,
o toar de uma canção
numa qualquer noite,
num qualquer serão...
As noites de verão
são versos, refrão,
em qualquer coração...
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Fim de Estação
A paisagem é de dor,
doentio o ar que passa,
e nem um abrigo
ou copa de árvore,
uma fonte,
uma gota de água...
Choram meus olhos,
meu coração,
pelos rebentos no chão,
que ao nascer,
acabam por morrer...
Se me Estás a ouvir
Peço-Te, acalma o sol,
faz tempo que o Verão acabou,
e o Outono nem começou...